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Gabriela Vieira:

Natural do Rio de Janeiro, mais precisamente Araras, um vale na serra de Petrópolis. Geminiana. Botafoguense com muito orgulho, lançada no mundo com 17 anos, quando comecei minha carreira como modelo. Desde então cigana, curiosa por natureza, apaixonada por viagens, culturas diversas, línguas, culinária e até um pouco de moda...

Morei 5 anos em Milão, 2 em Paris e nos ultimos quase 6 anos, em Nova York. Atualmente de volta a minha origem e cidade do coração, Rio de Janeiro (mas sabe se lá até quando...)

 

  • Writer's pictureGabriela Vieira

Uma tarde com os elefantes - Eco turismo em Chiang Mai



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Há 10 anos, havia visitado a Tailândia numa viagem relâmpago e como muitos dos turistas desavisados e (e até deslumbrados, convenhamos) fiz um dos passeios de elefante oferecidos em Phuket, onde demos voltas pela floresta, em duplas, na "cacunda" de um deles em uma cadeira em armação de ferro.

Felizmente, com o passar do tempo - a evolução do ser humano - a chegada da internet, hoje estamos cientes de que esse tipo de turismo é abusivo, maltratando os pobres dos animais indefesos que chegam a trabalhar por 12 horas, num calor insuportável, com cordas e armações a lhes machucar a pele.


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Os elefantes são figuras importantes na historia e cultura da Tailândia presentes aos milhares, principalmente na fronteira com a Birmânia (Mianmar) e Laos, apesar da sua presença ter diminuído drasticamente ao longo do ultimo século. São símbolo oficial do país, motivos de adoração e orgulho nacional.

Tiveram seu mérito nas guerras, onde o rei tailandês defendeu o seu reino contra o reino de Siam montado em um deles.

São também figura espiritual associada às crenças budistas e hinduístas, representados muitas vezes nas artes.

Ainda assim, foram e ainda são usados no trabalho pesado carregando toras de madeira (prática ainda existente em Mianmar), na abertura de estradas na floresta e, infelizmente, no turismo.

Diante de tanta reputação (e fofura) , era inevitável querermos passar tempo com tão incríveis criaturas, de forma responsável e sustentável, claro!

Felizmente o turismo tem sofrido grandes mudanças no país e muitas cias de eco-turismo e associações de cuidado para com o elefante, foram surgindo.

Alguns dirão que o melhor é não frequentar esse tipo de lugar, eu já acho que devemos frequentar sim, afinal, milhares de mahouts (treinadores de elefante, sem estudos, que dedicam sua vida inteira a eles e não sabem fazer outra coisa de suas vidas) e seus animais estariam desempregados/órfãos, sujeitos a maldade de alguns.

O importante é procurar por lugares que não utilizem a cadeirinha de ferro, que não coloquem os animais em performances em duas patas, (como em circo), ou os façam pintar e etc, atividades estressantes para os mesmos.


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O Chai Lai também é um hotel/pousada, super bonitinho, rústico e simples, onde os hóspedes, além de fazerem os mesmo passeios, observam os elefantes passando no entorno a todo momento. Ainda é oferecida a opção de conhecer e passar a noite na cabana de uma das tribos nas montanhas ao redor.

Aqui também é feito um bonito trabalho de educar e reabilitar mulheres das tribos da região que não tiveram oportunidade de estudo, algumas por serem mães muito novas - muitas exiladas de burma - salvando-as assim de abusos e do tráfico sexual.

A missão do lugar, administrado por uma americana sem fins lucrativos, é mostrar aos donos de elefantes e seus mahouts que não é preciso maltratá-los para que os turistas venham.

Falta de informação é o motivo principal do abuso de animais na Tailândia.


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Começamos com a tarefa de ajudar na alimentação dos animais.

Quando um animal precisa comer 250kg de comida por dia, ou seja, praticamente o dia inteiro, pode apostar que a ajuda na alimentação é bem-vinda!!


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A tromba do elefante, que "deveria" ser um nariz é na verdade um braço longo e ardiloso, que procura comida em qualquer lugar e leva pedaços de bananas e cana de açúcar até sua boca.

De lá seguimos com o mahout até a beira do rio, onde dee dee, uma elefante jovem resgatada de um campo nos espera para um banho, mostra sua habilidade de compreensão, demonstra alguns truques e insiste em me dar um tchuk tchuk!!


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Até me pergunto se ela é brasileira porque ela não desiste nunca!!!


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Dali é hora de aliviar o calor e esfregar a pele áspera, de pêlos longos e duros do animal!!


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E tome tchuck tchuk molhado!!!


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Aprendemos a subir no elefante pela tromba, elemento que dentre tantas utilidades, ainda serve de tubo, onde o elefante carrega de agua e leva a boca pra beber ou joga pro alto, pra se refrescar - ou ainda, se divertir molhando os turistas.

Dee dee é tão fofa e inteligente que no fim até eu já tava pedindo tchuk tchuk!!


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De lá voltamos aos animais mais velhos e saímos para um passeio montados, aprendendo a comandá-los por voz, acompanhados bem de perto por suas fofíssimas crias.

Mé lôu = elefante se abaixa pra podermos subir Rau = parar Rui = andar E não é que funciona?!!!


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No fim ainda descemos o rio Mae Wang de bamboo rafting!!


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Saí de la reconectada com a natureza, em paz comigo mesma.

Os elefantes são mesmo criaturas extraordinárias e nunca é demais dizer que é nosso dever, como turistas, não compactuar com atividades abusivas.

Eu vi alguns animais amarrados e até um sozinho no campo e perguntei porquê. Aquele era muito agressivo e infelizmente tinha que ficar separado dos outros animais e das pessoas e outros tinham que ficar com correntes nos pés porque o terreno não é cercado e eles facilmente sairiam pra andar e sumiriam.

Além do Chai Lai existem outras cias que fazem um bonito trabalho, como o Elephant Nature Park e o Patara.


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